Homenaje a Fernando Pessoa en la Feria del Libro de Sevilla
Ontem o pregador das verdades dele
Falou outra vez conmigo
Falou do sufrimento das clases que trabalhan
(Não do das pessoas que sofrem, que é afinal quem sofre)
Falou da injustiça de uns terem dinheiro,
E de outros terem fome, que não sei se é fome de comer,
Ou se é só fome da sobremesa alheia.
Falou de tudo quando podesse fazê-lo zangarse.
Que feliz deve ser quem pode pensar na infelicidade dos outros!
Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é deles,
E não se cura de fora.
Poemas inconjuntos
de
ALBERTO CAEIRO
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